Quem somos

Pessoas e Projetos

Em novembro de 2025, o Brasil sediará a 30ª Conferência das Partes (COP 30) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), na cidade de Belém. Este evento marcará o trigésimo aniversário de um processo que foi iniciado no Rio de Janeiro, no Brasil, em 1992, e pela primeira vez, será realizado dentro na Floresta Amazônica.

 O projeto de pesquisa CAMAMAZON tem por objetivo compreender a forma como a Floresta Amazónica é mobilizada em estratégias políticas e no ativismo comunitário para moldar a resposta global às alterações climáticas. Trabalhamos com parceiros locais e nacionais para acompanhar como jovens, indígenas, cientístas e o governo federal  preparam-se para participar e influenciar a política da COP30. Buscamos documentar o lugar que a Amazônia ocupa na política climática e, ao mesmo tempo, compreender que a Amazônia é construída e significada nesse processo. Em última análise, queremos contribuir para a elaboração de acordos coletivos que sirvam aos povos e a sua floresta e utilizar a compreensão adquirida como base para reconceitualizar o estudo das Relações Internacionais.

A equipe do Projeto

Hannah Hughes

Hannah Hughes é a coordenadora geral do projeto CAMAMAZON. Ela é Professora Sênior em Política Internacional e Mudanças Climáticas no Departamento de Política Internacional da Universidade de Aberystwyth, no País de Gales, Reino Unido. Por meio de sua pesquisa, Hannah procura compreender quem detém o poder de determinar o significado coletivo e as implicações das mudanças climáticas, analisando esse processo por meio do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e das negociações envolvendo a ciência na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC). Por meio do projeto, ela espera contribuir para ampliar a participação na forma como enfrentamos coletivamente mudanças climáticas, e desafiar a reprodução da atual da ordem global de relações.

Marcela Vecchione-Gonçalves

Marcela Vecchione-Gonçalves é pesquisadora do projeto. Ela é uma cientista política que trabalha nas intersecções da antropologia política, estudos agrários e ambientais, política indígena e ecologia histórica amazônica. É doutora em Ciência Política/Relações Internacionais e é professora associada da Universidade Federal do Pará (UFPA) no Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA), onde da aula de Governança do Desenvolvimento Global, Formações Socioculturais e Sociopolíticas Econômicas Amazônicas, Amazônia e a Política de Mudanças Climáticas, Fundamentos Epistemológicos e Interdisciplinares da Política nos Trópicos. Ela foi pesquisadora de pós-doutorado na Universidade de Antwerp/Antuérpia como parte do projeto Environmental Policy Instruments Across Commodity Chains Multilevel Climate and Biodiversity Governance no Brasil, Colombia e na Indonesia. Na CAMAMAZON, Marcela facilita os processos do NAEA com os parceiros do projeto, particularmente trabalhando com associações de povos indígenas e locais da Amazônia para fazer parcerias e se envolver com suas políticas para mobilizar espaços, alianças e participação na COP30.

Veronica Korber Gonçalves 

Veronica Korber Gonçalves  é pesquisadora do projeto. Ela é professora de Relações Internacionais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e na Universidade de Brasília (UnB). Sua pesquisa foca na justiça climática dentro da governança climática global. No projeto CAMAMAZON, Veronica investiga como o governo federal brasileiro está se organizando e se posicionando como a presidência da COP30. O governo tem enfatizado sua ambição para que o evento seja a “COP da Amazônia” e a “COP mais democrática e participativa”. Ao explorar como o governo federal está construindo significados em torno da COP30, Veronica busca refletir sobre os limites e desafios dos debates sobre políticas climáticas no Brasil.  

  Cristina Y. A. Inoue

Cristina Y. A é pesquisadora do projeto. Ela é professora no Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília e na Universidade de Radboud. Ela estuda políticas ambientais globais e governança na Amazônia desde 2001, com foco na justiça ambiental e na governança transformativa, questionando até que ponto iniciativas como a COP30, a assistência internacional e projetos de (sócio)bioeconomia são justos e reconhecem as formas de saber e ser das comunidades indígenas e locais. Por meio do projeto, ela busca ouvir outras vozes e contribuir para o empoderamento da juventude.

Diana Valencia-Duarte

Diana Valencia-Duarte é pesquisadora do projeto. Diana é professora de História do Sul Global no Departamento de História e História Galesa na Universidade de Aberystwyth. Sua pesquisa tem se concentrado principalmente na história das comunidades camponesas e seus territórios na Colômbia. Seu trabalho integra a história ambiental à pesquisa transdisciplinar, revelando narrativas de sobrevivência e resistência em um cenário de violência, opressão e políticas anti-ruralistas no último século. Ela colaborou em projetos participativos com comunidades indígenas e negras, mulheres, vítimas de conflitos e organizações do campo. Além disso, agora ela está contribuindo para a CAMAMAZON e se envolvendo com redes de pesquisa de contação de histórias que trabalham com populações migrantes no País de Gales e no sul da Ásia. 

Erzsebet Strausz

Erzsebet Strausz é pesquisadora do projeto. Ela é uma professora assistente na Central European Univeristy em Budapeste. Sua pesquisa explora práticas alternativas de conhecimento, encontros mais do que humanos e a política da vida cotidiana. Ela está interessada em métodos de pesquisa criativas, experimentais e narrativas no estudo da política mundial e colabora com artistas, ONGs e comunidades. Por meio desse projeto, Erzsebet busca co-criar e compartilhar formas de conhecimento plurais e incorporadas que possam transformar nossa desconexão com o mundo vivo e desbloquear modos mais saudáveis e atenciosos de ser, agir e estar juntos. 

 

Matthaeus Menezes Assef

Matthaeus Menezes Assef é Assistente de Comunicação e Disseminação de Pesquisa no CAMAMAZON. É Coordenador de Pesquisa e Análise no CONJUCLIMA (Conselho Jovem do Clima – Brasil), também trabalha com comunicação sobre mudanças climáticas nas redes sociais. Está cursando Mestrado em Futuros Climáticos na Universidade de Leeds. É bacharel em política internacional e mudanças climáticas pela Aberystwyth University. Ele já participou de várias COPs e outras conferências climáticas voltada para a juventude e mudança do clima. Seu foco principal é compartilhar informações sobre a crise climática e o cenário internacional de forma simples.

Parceiros do Projeto

O projeto está seguindo quatro grupos de atores à medida que se mobilizam para a COP30. São eles os povos indígenas, juventude, cientistas e o governo.

Com isso, alcançar os objetivos do projeto de apoiar uma política climática que sirva a todas as pessoas e às florestas. Para usar o conhecimento adquirido para informar uma reconceptualização das Relações Internacionais, convidamos representantes locais e nacionais de organizações para se associarem ao projeto.

As nossas relações com os nossos parceiros de projeto são mediadas pelos nossos pontos focais e estamos a desenvolver protocolos com cada um deles para identificar os interesses e valores partilhados que sustentam a nossa parceria, as atividades acordadas e os produtos finais co-produzidos.

Juventude: COP das Baixadas

Povos Indígenas: Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB)
Ciência: Painel Científico para a Amazônia (SPA)
Governo: Ministério dos Povos Indígenas